25 de jun. de 2009

Porvir

Eu agora estou esperando por uma resposta.
Eu caminho meio livre por um caminho meio incerto, o ar tem gosto de canela e a próxima estação está perto de chegar. Eu caminho meio sem rumo ou melhor, meio não, a gente nunca tem um rumo certo. Quando a gente pensa que tá seguindo o caminho direitinho aparece uma bifurcação bem na sua frente e você não sabe que caminho mesmo seguir. Como na minha linha do destino, mal riscada na minha mão. Seu destino vai bifurcar no final, ela diz. Mas eu não sei na verdade se acredito no destino, nem sei na verdade se acredito no final. Só sei que é feliz imaginar que eu terei escolha. Porque o meu medo maior, é não ter o que escolher.
E eu continuo caminhando em passos lentos, de mansinho pro mundo não acordar. Se o mundo acorda enquanto a gente pensa, confunde todos os pensamentos mal pensados. Às vezes é melhor passar despercebido por ele. Seguro com certeza é. Mas você conseguiria viver totalmente despercebido? Eu não. E não teria graça viver tão seguro também.

Mas preciso pensar e é melhor eu andar bem devagar agora. A brisa brinca com os fios dos meus cabelos: já vi que terei trabalho pra arrumá-los depois, como estou tendo pra arrumar as idéias. Mas eu não ligo muito, gosto do vento. Gosto do barulho que ele faz ao passar pelas folhas das árvores derrubando algumas, acariciando todas. Piso nas que já estão no chão, me agrada o barulho também. É seco e objetivo. E assim devagar ainda, pisando leve pelas folhas secas, eu procuro a resposta da pergunta que ainda não fiz. Não sei se procuro mesmo, ou se espero por ela. Não sei se tô indo atrás dela ou se ela que tá vindo atrás de mim. Não sei de muita coisa, não sei de nada. Só sei que ando como se não houvesse outro jeito de continuar vivendo, penso como se não tivesse outra saída, ainda esperando aparecer alternativas de mão beijada na minha frente, mas a minha parte racional diz que não, diz que não. Vamos, vá atrás do seu futuro, ela me diz. Eu finjo não escutar: viver o presente já tá complicado demais.



*Um obrigado e uma beijoca pra Mateus, por me aconselhar quanto ao término do texto!

3 comentários:

Anônimo disse...

Um obrigado e uma beijoca pra você, por ter me deixado e ter me confiado tal prazer ^^

Naila de Souza disse...

"...viver o presente já tá complicado demais.

Fato!

A-D-O-R-E-I o novo visual. Não tinha visto ainda pq tava sem pc em casa, e definitivamente não aguentaria outra ida a lan house. Oh céus [calafrios]


Sabe o que pareceu? Que vc deixou a menina Vanny e vestiu a roupa de Vanny mulher!
Sim! Cinza em vc baby, é sexy!

E lá se vai mais uma viagem dela...=D
Cheiro grande!

Álvaro Andrade disse...

Obrigado pela visita, moça.
e volte sempre :)

Bem expressivas as fotos. gostei.
outra hora volto com mais tempo.

sayonara.