2 de out. de 2011

Caixa

Hoje enquanto tentava organizar as minhas gavetas achei uma caixa onde costumava guardar coisas que considerava importantes pra mim. Um caixa pequena, já rasgada, mas entupida de lembranças que algum dia considerei especiais por algum motivo. Achei dentro dela, entre outras coisas: uma foto minha com meu sobrinho recém-nascido, o resultado do vestibular da UFBA de 2009.1 com meu nome circulado, a primeira carta de amor que recebi, um skate de dedo que ganhei de um garoto que eu gostava na 4º série, um chaveiro de Porto de Galinhas e uma foto minha sem os dois dentes da frente. Encontrei também um poema-cordel, que fiz dia 29/11/2008, numa noite em que deveria estar estudando pro vestibular. Fiquei com a barriga quente enquanto lia, então tive vontade de compartilhar aqui no blog. Da época que eu era sonhadora e apaixonada (era?):

Com um amor de brincadeira
Ela sonhava todo dia
E de um todo tentava
Até promessa e simpatia
-" Por favor "- disse uma noite
Pra uma estrela (de) cadente
"- Será que dá pra dessa vez
Ele ser bem diferente?
Alto de topar no teto
Meigo como um passarinho
Meio planta, meio gente
E alegre, um bocadinho"
Passaram dias, meses, sonhos
E a menina a pedir
Deixava de fazer tudo
De comer e de dormir
E de tanto se afundar
Em quereres sem ter fim
Não notou que um belo moço
A olhava do jardim
"-Ah, se ela olhasse pra mim!"

3 comentários:

Fabrício de Queiroz disse...

... acabei de me arrepender de ter jogado minha ´caixa´ fora.


^^

Yanna Karolina disse...

Que lindo, moça!

Anônimo disse...

É sempre bom encontrar deixados. Bonito foi ver que você não teve vergonha de um passado seu, seria então romantica até hoje? :) Sabe-se lá!

Um abraço.