11 de nov. de 2011

Sem título

Ainda choro um pouquinho
Mas só de madrugada
E só por medo
Sabe medo?
Não do barulho na janela
Nem do último pesadelo
Nem da lembrança do sangue no filme de terror
Mas medo mesmo
Medo de macho
De gente crescida
Ainda choro um pouquinho
[juro que só um pouquinho
e só de madrugada]
Por medo de todo dia acordar só

Me pelo de medo do lado direito da cama gelado como um cadáver.

2 comentários:

André Guerra disse...

Muito lindo! Nossa...

Felipe Magalhães disse...

muito bom, me identifiquei, você consegue ser intensa e curta ao mesmo tempo