20 de abr. de 2009

Sobre estar só


Antes de mais tudo, uma nota mental: Preciso parar de comer caqui. Estou viciada nessa porra, sério, e se tem uma coisa que eu tenho a mais absoluta certeza na minha vidinha marromenos, é que se o amor ideal tem um gosto, é de caqui. E parece cruel comer o amor né? Literal demais!
Pois bem, sobre estar só. Caralho, eu nunca me senti tão só. Por dentro, e por fora. Os quartos vazios, as cadeiras vazias, a casa inteira, inteira vazia, sem conversa mole, sem reclamações, sem risadas, sem brigas, sem refrões... e em mim, um vazio ainda maior. Mas nem é aquele vazio de saudade não, é vazio de “pohan, ninguém pra cuidar de mim”. Um vazio egoísta demais, confesso. Mas é. Meu vazio! Minha parte egoísta toda se manifesta agora, e ela consegue ser mais forte que minha parte independente. A parte de mim que quer ser solta, que não quer rédeas, pfii, ta tão miúda tadinha! To preferindo, agora, cabestro à solidão. Quem diria?
Agora eu ouço música, escrevo, tento mastigar um salgadinho meio mole meio velho de almoço ás 3h da tarde, enquanto penso se vou estudar pra prova de quarta ou deitar na cama desforrada há três dias que me olha com cara de carente. E acabei de lembrar que minha provisão de caquis não acabou. Vou come-los. Foda-se o amor. Já que eu não tenho ninguém pra compartilhar meu vazio comigo.
Fatos:
- Consciência é pior que qualquer reclamação, saudade só não é pior que solidão, comer bolo de chocolate com leite condensado em todas as refeições não alimenta e dá espinha. E eu nem preciso falar do preço da maquiagem de novo né?